Conheça os benefícios da castração de cães e gatos

Para prevenir a procriação indesejada ou acalmar o animal, muitas pessoas optam por castrar o bicho de estimação. Mas ficam muitas dúvidas: a cirurgia traz riscos? O comportamento do animal será comprometido?   Veterinários afirmam que a castração só traz benefícios para cães e gatos. A Organização Mundial da Saúde também aponta a esterilização como a melhor forma de controle populacional desses animais.  Mitos sobre a castração Meu animal vai ficar afeminado – Não vai. É claro que o macho não vai procurar fêmeas para acasalar com a mesma frequência, mas muitos continuam copulando ao longo da vida. A castração também acaba com a desagradável situação de os bichos ficarem se esfregando nas pessoas. É preciso esperar a fase adulta para castrar – A castração não prejudica o desenvolvimento do animal e pode ser feita a partir do terceiro mês de vida. Quanto antes for feita, melhor. O bicho vai ficar obeso – O animal castrado é mais calmo e, por isso, pode ganhar mais peso. Mas esse fator pode ser contrabalançado com alimentação equilibrada e exercícios físicos. O animal vai perder o instinto de guarda – Ele pode ficar mais tranquilo e perder a necessidade de demarcar território, mas manterá o posto de guardião dos donos. Fontes: Cláudia Demarchi, presidente da ONG Clube dos Vira-latas; Evandro Favarato, professor da Universidade Federal de Viçosa; Gilson Toniollo, professor da Unesp de Jaboticabal; Izabel Nascimento, presidente da Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais)   Por isso, alguns municípios já têm leis que regulamentam a esterilização de animais. A cidade de São Paulo conta com uma lei de 2007, que obriga a castração de cães e gatos que serão doados ou vendidos – o município oferece serviço de castração gratuita a até dez animais por domicílio. Em Campinas (SP), uma lei exige que a cidade realize ao menos um mutirão anual de castração gratuita, principalmente para famílias de baixa renda.   Um projeto de lei federal foi aprovado por unanimidade pelo Senado em maio deste ano e tramita na Câmara desde junho. A proposta é disseminar o controle de natalidade de cães e gatos por meio de programas públicos de castração, sobretudo para animais de famílias pobres. A verba para os serviços viria do Fundo Nacional de Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde.   “É um procedimento essencial. Um casal de animais férteis gera 10 mil filhotes em dez anos. A ramificação é muito grande. O governo precisa mesmo se posicionar, é uma questão de saúde pública”, argumenta Cláudia Demarchi, presidente da ONG Clube dos Vira-Latas, de Ribeirão Pires (SP).